segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Que merda é a liberdade?

E aos 20 anos, ela achou que não precisaria mais de dor externa, pra curar o desespero, enganou-se, pobrezinha.
Olhou com o canto dos olhos, seu braço, com marcas fresquinhas, das seis da tarde, doeu, mas nem tanto quanto as palavras da sua mãe, Julia está cansada, Julia vai cair.
Um casa de dois cômodos, amigos legais, e tudo ao seu alcance, só pra não morrer de desgosto,  queria minha mãe e meu pai do meu lado numa hora dessas...
Mas nem sou boa o suficiente, sou um monstro, ou talvez esse seja o tempo da minha liberdade, eu to com medo e com frio.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Quem é você?

Sério, que você acha isso uma atitude anti flag?
Totalmente anos 80, lutar contra o sistema COMO VOCÊ LUTA?
Que porra é essa?
Desculpa amiguinho, mas pra mim, você e lixo, é mesma merda,
pra começar você baseia a sua vida em um relacionamento, (eu também me relaciono, e sei como é que se faz isso), você não tem vida própria, e muito menos pensamentos próprios, tudo que vem de você é meramente copiado de algum livro de filosofia, e suas experiencias, são copias da experiencia de outra pessoa, ja pensou nisso?
VOCÊ NÃO É VOCÊ!
Simplesmente age por medo e impulso, fora que diz amém as coisas ja comercializadas, das quais você acredita...
To com vergonha de você ser da cena, TO COM VERGONHA.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Terça-feira 21 de março de 1995

Terça-feira 21 de março de 1995

Querido diário (acho um saco te chamar de querido, você é só um caderno em branco no qual eu desabafo meus desejos e vontades mais insanas... mais eu não sei como começar vou te chamar de querido mesmo.)

Meu pai disse pra eu começar a escrever um diário, meu pai é psicanalista, ele é bom deveras no que faz mais eu nem converso muito com ele, é difícil vê-lo em casa, está sempre em convenções, ele disse que eu estava muito 'revoltadinha' pra uma garota de 17 anos, disse que era pra eu desabafar com esse tal de “diário”, acho uma coisa tão infantil que dá pena. Só vou falar o que eu tenho realmente vontade; e vou falando sobre mim aos poucos, tu não é uma pessoa, pra querer me conhecer na hora, não é mesmo? Então... Quando foi mesmo? Os garotos riam como umas hienas e nem sabia por que. Descobri que tinha uma guria bêbada tirando a roupa na praça, acho que era noite de sábado, ela tem uns dois anos a mais que eu, era tão tosco e tão triste, a infeliz tava fazendo aquilo por que o ex namorado dela tinha dado bebida forte, - Ela bebeu por que quis... - acho que eu fui dura com essas palavras, eu já me senti como ela, e eu não tirei minhas roupas, na verdade eu comecei a rir, rir como uma desesperada e eu ria por que na verdade queria chorar. A vida de meio termos não era nenhum pouco fácil, você não tem absolutamente nada “intensamente” ou por “completo” ai eu começaria a ouvi musicas totalmente deprês e me sentiria um pouco mais deprimida, sinceramente? Não faria diferença alguma... pra ninguém.. Ninguém mesmo... Não tenho amigos, meus pais estavam separados a mais de 4 anos...
e quanto mais eu penso sobre isso; mais deprimida eu fico; sabe do que eu realmente sinto falta? 
Do maldito beijo de boa noite que meus pais me davam quando eu tinha uns 10 anos; ontem, por exemplo, eu cheguei da rua e meu pai já estava dormindo nem me deu boa noite nem nada quando eu cheguei, (eu moro com meu pai desde quando ele se separou da minha mãe, gosto um bocado dele) eu finjo que não me importo mais na verdade fico muito carentinha, acho que tô pegando as manias de carência excessiva de certo alguém..alguém que não sabe o que quer de mim, bom mais eu não to com a mínima vontade de falar sobre isso.
E..no final das contas alguém levou a garota bêbada... pra casa, eu sinto pena dela, pena e a entendo.. ás vezes eu sinto uma vontade tremenda de ir na casa dela conversar, alguém que sinceramente ou ao menos aparentemente me entende.. 
Bom semana que vem tem testes vocacionais na escola, eu não sei o que quero, confesso que não sei... talvez eu opte por matemática.. mais meu pai quer que eu fala psicologia, aah que se foda também.. que se foda.



Julia P.

Como tudo começou..

Seguinte, a Júlia P, é uma personagem minha, que nasceu em 2008, quando eu estava no colegial, precisava gritar tudo o que eu tava sentindo, sabe, é ruim ser adolescente, então, LÁ VAMOS NÓS!





Driele Dias

domingo, 26 de junho de 2011

Eu não sou um menino...

Sério, eu não sou um menino, não é por que eu não gostava de bonecas e jogava CS que eu fosse um garoto, os meus peões e minha coleção de carrinhos não contam pra dizer sobre o que eu sou...
Bonecas é um trem totalmente sem graça, é como eu vi um garoto falar outro dia,[...] "Enquanto as meninas ensaiam pra ser mães e donas de casas, nós meninos simplesmente nos divertíamos, brincando de bonecos heróis e e carrinho de rolimã," [...] e porra, eu acho que ele está com a razão, de qualquer forma, depois de velha, eu acho as meninas um saco, como as bonecas, são tão idiotas, querendo ser umas mais lindas do que as outras, e competindo quem vai se casar primeiro, prefiro meu colorido cheio de cores, do que toda a fofoca sobre sexo, e pau pequeno, que a gente é obrigada a ouvir no 3º colegial.
Mulheres são muito sujas, devia haver um meio termo pra pessoas como eu, não consigo me considerar um menino, pois eu tenho vagina, mas não dá pra eu me considerar uma garota, sério, eu não consigo fingir ser amiga e me masturbar pensando no namorado de alguém.
É as mulheres fazem isso, VADIAS.
Desculpem a minha confusão e contradição, mas por fim eu acho que...
É eu sou um menino.

sábado, 25 de junho de 2011

Vou ser o mais eu e o menos clichê possível...

“A vida é um papel em branco que deve ser preenchido... e bla bla bla”
Pode parecer clichê e talvez ridículo, mas é exatamente isso, só nós mesmos podemos saber o que queremos, não é um namorado, ou a excitação de uma posição nova, é só você.
No fundo sempre achamos que nossa realização na vida é casar, ou ter filhos que vão pra faculdade.
NÃO É.
No fundo, no fundo a realização é se olhar no espelho e ver exatamente quem a gente mais gosta.
Yeahh!!!!! Eu sei que não é uma coisa que se espera que uma doida depressiva pense, mas é exatamente isso que eu penso, achei a realização em bolar um baseado com perfeição, e em ver filmes totalmente viajados, e comentar com meus amigos, em beber tequila, em olhar as estrelas, comer couve flor, escrever pro meu amor, planejar o futuro, fazer planos comigo mesma, conhecendo pessoas novas, fumando cigarros com mendigos...
E assim vai ser...
E você? Já sabe como se sentir feliz?
Então descubra, você não vai viver pra sempre...



Driele Dias 

Engraçado como você me inspira a escrever garota,

Seus milhares de cabelos diferentes, e suas aptidões sexuais, me lembram a verdadeira pessoa que vive dentro de mim, sem contar pelas coisas que você passou, eu sei, não precisa me contar, eu simplesmente sei.
Eu conheço você sem você trocar uma palavra comigo, só porque nossos olhos tem brilhos idênticos, e eu tenho certeza que o seu maior trauma foi o bichinho de estimação estranho que sua mãe devolveu pra loja depois de você juntar seu "bom principio de ano novo" pra comprar.
E eu sei bem, que você sempre esperou Sandy e Junior pra tocar feliz aniversário pra você...
E que você só se sentia feliz há um ano atrás, pois se sentia amada e importante por pessoas que de verdade, não importam...
Toda cocaína, todas as garotas de peito pequeno, todo menage, todo aquele glamour decadente da rua Augusta e seus bares de copos de vidro sujos, não são mais do seu feitio, agora você é mulher, quer ter sua kitnet, sua grana mensal, talvez um filho, e um namorado que curta beber cerveja e fumar maconha com você antes de fazer amor, eu sei que é só isso, pois é isso que eu quero.
Então ta na hora de abrir os olhos e deixar o medo de ser a Nancy, e ser você mesma.

Driele Dias.

Estou com medo, Caroline...

Eu to com medo que você me deixe, depois de todas as flores, de todo o sexo, e experiencias divinas que eu te dei...
Estou com medo que você fique comigo, e não me deixe aproveitar das duas outras garotas que estão me ligando como se não houvesse amanha, preciso de sexo...
Estou com fome, não fome de x-tudo que se vende aqui na esquina, e sim com fome daquele brócolis com queijo, que só você faz direito...
É, okay, é tudo mentira, eu só to com saudade, eu sei que você não vai me deixar, e eu sei que vai estar comigo logo, e aquelas duas garotas são putas, e ainda tem um pouco de brócolis com queijo que você deixou...
Mas, não me faça querer você, e nem te jurar amor eterno, não me faça odiar seu telefone, e o fato de você estar tão longe...
Minha saudade é tão pequena, só to com saudade das suas mãos e do seu lindo sorriso...
Então deixe me acender o baseado, e ficar bem chapada, lembrando das sensações que você deixou em mim...
um beijo no rosto pra eternidade.


te amo.


Julia P.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Como é ser normal?

Não sei, definitivamente deve ser muito legal chegar aos 18 anos e ter vivido o que todo mundo vive, desde o começo, desde o prézinho, hahahaha, uma vitima de bullyng não se sente normal nunca, nem que o obriguem a pensar assim...
Deve ser legal estar no 3º colegial, e ter amigos na sua sala de aula, não que eu não tivesse, mas os rolês que a gente dava eram deveras do mal, aquela coisa de não poder contar pra sua mãe, dá pra entender?
Se a gente fosse tomar um sorvete que mal havia em avisar os pais? Agora se a gente fosse a um bar legalize, e beber muitas bebidas fortes, fumar narguile e comer carne no sentido não literal era meio preocupante demais pra pais que não foram hippies, tão pouco punks e junkies, mas do nada eu descubro que minha mãe era metaleira neh, TA BOM, ela que sabe!
Eu tive medo que todo mundo pensasse coisa errada quando eu apresentei a Carolina, e sabe por que eu tive medo? Por que TINHA COISA ERRADA, a mina era minha namorada, hahaha parece nada mais eu sou assim mesmo, poxa!
Desde sempre me diziam coisas feias, só por que eu era diferente das outras garotas, e porque eu gostava de suicide girls, e tinha me cortado quando eu tinha 13 anos na tentativa insana de tirar essa dor de mim, sabe tipo "losing my fucking control" como o Ian Curtis, é uma merda eu ser a Julia, é uma merda e não ter conhecido certas coisas que todo mundo conhece e na minha idade e não saber o nome de todos os donos de bar que tem no centro, é um saco conhecer pelo nome os travestis da Augusta, eu queria estar agora em um jantar de gala na zona oeste, agradar aos meus pais e botar aquele vestido que me pinica!
Desculpa, mas eu tava precisando desabafar.

Julia. P.

Se encherga?

Ninguém é verdadeiramente melhor que ninguém, eu nunca tive auto-estima...
Na verdade eu tinha, quando eu tinha uns 13 anos e paquerava os meninos como as outras meninas da mesma idade, até que um belo dia uma guria olhou que eu tava paquerando o mesmo carinha que ela, e ela soltou aquela frase horrivel "Se enxerga", não é o fim do mundo, mas é triste, cheguei aquela noite em casa, tirei minha melissinha e meu vestido amarelo, sentei na cama de frente pro espelho, e me senti alguem totalmente diferente das outras pessoas, não usei maquiagem durante um bom tempo, e enquanto eu sabia que as garotas estavam pegando vários garotos, eu ensaiava na laranja, como seria meu primeiro beijo, coisa que não tardou acontecer e eu até gostei, mas três dias depois eu perguntei se o rapaizinho gostava de mim, e ele respondeu prontamente que não, mas eu tinha peitos... Que merda, eu ainda tenho peitos, e não to nem ai, só não gosto do que eu vejo, não mais pelo aspecto fisico (que também não me deixa dormir) mas eu tava falando é da garota frágil que acredita estar sendo rejeitada por Deus...
Não que nos meus gemidos ou preçes fossem ouvidas, mas com 17 anos um cara feio e magrelo disse que nem o diabo me namoraria, isso por que eu não quis ter sexo com ele...Eu fiquei péssima e como eu me deixei levar...
Que droga, estou muito depressiva por hoje, vou me jogar na piscina e esquecer que eu preciso de um pudim do tipo "Karen Pudin".

Karen C.

De novo essa dor de cabeça...


As 00h39, eu começo a me lembrar que sinto sua falta, ó minha bela e amada Caroline, o seu nome, sua boca, e seus olhos esverdeados, olhando pra mim e pedindo a mais pura verdade como se a gente sempre tivesse feito isso, falado a verdade.
Na verdade, eu quero voltar atrás e me lembrar por que eu te abandonei...
Se bem me lembro a sua família interferiu em um romance, mas não existe mais empecilhos, apenas seu filho de 2 anos e seu marido bem sucedido, eu já tenho 29, 29 anos e ainda não me decidi entre o que fazer nesse domingo, estou até pensando em suicídio... 
Não seria uma boa, mais uma decepção para os meus pais, não importa se eles não foram os melhores pais do mundo, e se me mandaram pra fora de casa quando descobriram que eu não era quem eu dizia que seria.
Eu acho que estou em um relacionamento, é um relacionamento heterossexual com o meu vizinho de apartamento, todo dia de manha ele sorri pra mim, e quando eu volto pra casa as 23h00 ele está voltando de algum lugar, e ele sorri de novo, nunca nos beijamos mas hoje darei o primeiro passo para um relacionamento mais sério, perguntarei seu nome, eu estou ansiosa para a resposta, ele tem cara de Paulo, ou talvez Welker, seus olhos são tão esverdeados quanto os seus querida Caroline.
Na sua carta anterior me perguntava se eu ainda praticava relações sexuais com desconhecidos, a resposta é não, desde o mês passado eu não transo com ninguém, achei melhor assim, por mais que não exista perigo de eu ficar grávida, não quero morrer de AIDS, porque se eu adquirir essa doença, alguém vai ter que cuidar de mim, e quero mostrar que consigo viver feliz, mesmo que sozinha...
Você havia perguntado também sobre meus planos profissionais... Ainda ganho dinheiro com o lixo que eu escrevo, as pessoas realmente acham que Bukowski está em alta, mas não pararam pra perguntar se ele era feliz.

É com saudades, e lembranças do seu sorriso, do seu olhar, que me despeço.
Sinto sua falta, mas não quero vê-la...
Boa sorte em sua vida, e essa é a 24º última carta que escrevo a você;

Com amor.

Julia P.
 

Tenho sempre tudo o que eu quero...

É fácil, é só aprender, meus pensamentos movem montanhas, mas como todo ser humano, tenho as minhas falhas, e essas falhas são apenas sobre mim mesma, eu as vezes deixo de acreditar em mim, e isso acaba por estragar os meus planos, nesse momento estou apenas canalizando pensamentos, tenho mais uma semana para terminar de canaliza-los!

De qualquer forma, hoje eu postarei algumas coisas velhas e então se estiver com tempo, e for depressivo o suficiente  fique, pois hoje você conhecerá a Julia P.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Eu não sou como as outras...

Eu gosto do estrago, e não me arrependo do que eu fiz, e do que eu faço, eu me acho certa nas merdas e nas coisas legais, tenho orgulho da minha familia, mas nem sei de quem eu gosto, não sou indecisa, e nem bipolar, virou uma coisa modinha, essa de ser bipolar né?
Não sei o que eu quero, e eu assumo isso...
Tenho uma familia muito legal, mas quem quer saber disso?
Eu tava animada pra escrever, e eu não to mais.
Tchau.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Sinto medo do meu futuro...

Poucas pessoas na minha idade passam por transformações tão drásticas tipo essa que eu vou passar,
então resolvi fazer um blog para desabafar, ja tive um blog, e uma galera me acompanhou, faço vídeos pra internet ás vezes, gosto de rock, e tudo o que é música que ninguém gosta, tenho muitos amigos, mas no fundo to sozinha, não sei se vou fica falando de mim, ou coisa que o valha, acredite, o Holden parou e ficou na minha alma.


Driele Dias