domingo, 25 de novembro de 2012

Carta para Júlia.

Garota, se toca, isso não pode acontecer,
Não só pelos meus pais ou porque eu não tenho tempo..
Eu não posso, sou e sempre fui o melhor exemplo, que comparação tosca...
Eu gostar de estar com você, e sentir o cheiro do seu cabelo, não significa que devemos viver juntas.
Não quero ser dura, e isso não significa que eu amar você seja mentira, só não pode acontecer.. apenas isso.
Tenho que me casar, ter filhos, meus pais tem nome, como seria para eles encarar as chacotas na empresa, eu amo meus pais... e tenho que os orgulhar!
Beijar garotas por diversão em segredo, tudo bem, dormir na sua casa todo dia e ir a eventos familiares? NÃO.

Me desculpa, estou indo pra Rio Preto, volto semana que vem, ou não volto.
Não me ligue.



K.
Eu queria mesmo é que tivesse começado diferente, você em um bom estado mental, e eu num melhor estado físico, afinal, sermps semelhantes sexualmente falando, não nos faz íntimos.
Você ter todos os vinis do Joy Division, te fez bem  mais interessante...
Aquela noite no quarto dos seus pais foi incrível, mas nada tão incrível quando aquele fusca apertado do seu irmão.
Ver a lua, acompanhar o sol, que momento monstruoso, e tão relaxante, não deveria ter acontecido. Não sei agora se eu posso ficar te olhando secretamente pela janela da sua sala, já que você me procura.
Que graça vai ter, agora que não preciso mais colher informações suas, não preciso imaginar histórias, está tudo acontecendo. A cada momento.
Como vou viver sem a platonicidade desse amor, que estranho.
Estou com medo que não seja verdade.