domingo, 30 de dezembro de 2012

Posso te dizer coisas estranhas, de madrugada, mas vou acordar e rir do que a gente poderia ter passado...
Mesmo assim acho estranho o modo que me trata, o medo de fazer acontecer algo que poderia ser proibido, socialmente inaceitável, inatingível na sua mente o amor livre relacionado padronizadamente por algo vazio sem o menor sentido.
O amor é livre, livre pra ser dolorido, sorrido e amado sem os menores escrupulos. Não tenho saudade, tenho vontade de viver coisas que ainda não tive a oportunidade de desfrutar, como o seu cheiro, e o gosto do seu beijo na chuva ácida de São Paulo.

sábado, 15 de dezembro de 2012

Julia continua a falar.

Em São Paulo os dias são estranhos, o clima instável me dá calafrios, e me faz retroceder ao meu âmago, e indagar sobre a minha existência, a razão da minha sobrevivência, as verdades sobre minha essência, o medo de perder o ônibus e ficar perdida nas ruas do centro, não tenho ninguém que me busque, meus pais não moram aqui e não tenho um amigo que sairia de casa na boca da noite para isso.
Parece um cinzero, tantas bitucas, fumaças, doenças, poeiras, latinhas amassadas, instrumento do viciado. Eu adoro essa cidade, todos os metrôs, becos escuros, avenidas glamurosas, praças felizes.
Sou daquelas que não se importa em acompanhar o movimento, até me divirto com certos momentos. Exceto o fato de eu não poder controlar, ou resolver os problemas, que as pessoas não notam, como tudo isso a nossa volta, nem conseguem achar um lixo nesse lugar, não que me importe, não vou ter filhos, não posso...
Eu adoraria, talvez eu adoraria.
Não ter um ser para mudar o mundo é comum entre a maioria das mulheres de hoje em dia.
Já imaginei uma menina, iria se chamar Brenda, ou Maristela, algum nome de alguém que eu não conheça, afinal o guri tem que ser único, sem nomes provenientes de homenagens.
Nada é mais adequado do que algo singular ao meu serzinho.
Não sei porque estou aqui ainda, nem sei porque comecei a escrever, só que esse lance de crianças me deixa encucada, será que pode ocorrer?
Mas eu ainda não testo, é só um pensamento.



domingo, 25 de novembro de 2012

Carta para Júlia.

Garota, se toca, isso não pode acontecer,
Não só pelos meus pais ou porque eu não tenho tempo..
Eu não posso, sou e sempre fui o melhor exemplo, que comparação tosca...
Eu gostar de estar com você, e sentir o cheiro do seu cabelo, não significa que devemos viver juntas.
Não quero ser dura, e isso não significa que eu amar você seja mentira, só não pode acontecer.. apenas isso.
Tenho que me casar, ter filhos, meus pais tem nome, como seria para eles encarar as chacotas na empresa, eu amo meus pais... e tenho que os orgulhar!
Beijar garotas por diversão em segredo, tudo bem, dormir na sua casa todo dia e ir a eventos familiares? NÃO.

Me desculpa, estou indo pra Rio Preto, volto semana que vem, ou não volto.
Não me ligue.



K.
Eu queria mesmo é que tivesse começado diferente, você em um bom estado mental, e eu num melhor estado físico, afinal, sermps semelhantes sexualmente falando, não nos faz íntimos.
Você ter todos os vinis do Joy Division, te fez bem  mais interessante...
Aquela noite no quarto dos seus pais foi incrível, mas nada tão incrível quando aquele fusca apertado do seu irmão.
Ver a lua, acompanhar o sol, que momento monstruoso, e tão relaxante, não deveria ter acontecido. Não sei agora se eu posso ficar te olhando secretamente pela janela da sua sala, já que você me procura.
Que graça vai ter, agora que não preciso mais colher informações suas, não preciso imaginar histórias, está tudo acontecendo. A cada momento.
Como vou viver sem a platonicidade desse amor, que estranho.
Estou com medo que não seja verdade.

domingo, 12 de agosto de 2012

amadurecem.

Sentimentos amadurecem, a gente só vê isso, depois percebe que não precisa da pessoa pra viver, que consegue ser muito feliz sem ela, mas que com ela dá um toque especial... To me sentindo assim...
Amadurecida o suficiente pra saber que isso não será meu tudo, mas é hoje uma das minhas vontades...
Talvez eu não faça a menor idéia do que acontecerá amanha, mas no fundo eu sei que é reciproco, mesmo que só de noite, antes de dormir, quando você ouve uma música, ou quando acende aquele beck, e tem aquela brisa engraçada.. de alguma forma, vai lembrar de mim.
E isso faz de mim mais viva do que qualquer outra presença.
Dúvido que as outras pessoas tem alguma alma tão fiel. Não to falando de alma gêmea, de perfeição, afinal eu nem escuto direito, e sou meio daltônica, a questão é ter uma alma paciênte o suficiente pra te amar, mesmo sem você merecer...Principalmente quando você menos merecer. E de estar do teu lado, enfrentando merdas da vida...
Por isso, talvez por isso eu tenha sacado, que isso é muito mais cósmico, maluco, feliz, diferente, do que qualquer merda de obrigação com outra pessoa, é um imã, que não importa o quanto longe, ou o quanto tempo sem se falar, as coisas serão sempre as mesmas, e o sentimento de segurança e confiança vão continuar.
É questão de se acostumar e perceber, que a liberdade da vida, e os problemas, não são desculpas pra não gostar, mas são obstaculos para calejar a paciência, e a minha já está criando músculos.

domingo, 17 de junho de 2012

O fim da dor de cabeça.

E de novo a dor de cabeça.
Pela 10ª vez no ano, por favor, me desculpem os descolados, 
Mas to sofrendo por amor, 
Só pra me machucar, essa porra dói mais do que queimadura, é como se meu brinquedo favorito fosse roubado por alguém que não gosta de carrinhos tunados.
E eu adoro carrinhos tunados.
Eu, agora eu to anestesiada pela falta do seu afeto, não quero mais sentir dor de cabeça, não por você, você nem merece.
Eu sou tão incrível, incrível o suficiente pra ficar sozinha, incrível o suficiente pra me curar sozinha, 
Só se esqueça do escuro, ao menos os segundo que estive com você, ao menos me deixe ir.
Me deixe ir como o dia mais bonito que tivemos juntos, me deixe ir pra rodoviária, me deixe ir pra minha casa, me deixe voltar ao meu caminho, mesmo que eu te deixe sozinho, me deixe ir com medo de eu não voltar, e eu não voltarei.
Agora respire o ar que eu ignoro, olhe os prédios que eu não vejo, e por um segundo, um pequeno segundo, se entristeça, não pela minha ausência, mas pela minha frequência, em seus pensamentos sujos.
Eu não amo mais você.


sexta-feira, 15 de junho de 2012

A falta.


Eu só te conheço pelas suas palavras, cada dia mais familiares, cada dia menos chocantes,
nas fotos em que eu fico te admirando, seus olhos estão sempre brilhantes,
na verdade você está  sempre bonito, e me faz sentir sua falta,
a cada sonoridade na sua voz, nas gravações que você deixou,
todas as vogais ritmadas, eu diria que as amo...
Porque você me deixou, antes mesmo de eu nascer?
Porque não me esperou, porque não me viu crescer,
Se soubesse como eu sou igual a você, amo ao álcool e a nicotina,
O sexo, a sinceridade, e ser rejeitada.
É como se você fosse eu, e tudo entre a gente fosse misturado,
Até quando a gente odeia algo, ou quando a gente ignora isso,
Logo nos encontraremos, no inferno, ou no purgatório...
Nós nem acreditamos nisso, mas os mesmos vermes que te eliminaram, vão me eliminar, eu quero tudo como foi com você,
A boemia, o medo, a rejeição, a gloria, a fama, a volta por cima,
Quero um trago do seu cigarro, quero um gole do seu whisky, e o pássaro azul que vive no seu peito.